A chegada de um filho é muitas vezes acompanhada de uma avalanche de sentimentos — amor profundo, medo, culpa, alegria, cansaço. Nem sempre é fácil admitir, mas todas essas emoções fazem parte da experiência de ser mãe.
Na visão winnicottiana, ser uma “mãe suficientemente boa” não é sobre perfeição. É sobre estar disponível de maneira sensível, dentro das possibilidades reais. E isso inclui reconhecer que, sim, às vezes dá vontade de fugir. Às vezes dá medo. E tudo isso é humano.
A psicoterapia pode ser um espaço importante para a mulher que deseja acolher a si mesma nesse momento tão intenso. Um espaço onde as contradições da maternidade podem ser escutadas, sem julgamento. Onde você pode existir como mulher, para além do papel materno.
Maternidade e autenticidade não precisam ser opostos. Existe espaço para ambas.